quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Um pouco de Zumbis: Epidemia Mortal

Segundo livro da série Zumbis


Elisa: A Premonição.


Durante toda a semana tive um sono muito tumultuado, em meus sonhos havia sempre muito sangue e gritos de sofrimento, aquilo não era bom, no meu caso, os sonhos não eram simples manifestações do subconsciente, muitas vezes, indicavam coisas que estavam por vir, e senti que este era um desses.
Meu dia não começou bem, estava cansada, ainda com sono e logo pela manhã, recebi na loja, um sujeito mal educado, chegou pedindo um baralho de forma arrogante, mas, depois de me olhar dos pés a cabeça tentou puxar conversa e ser gentil, se aquele idiota tivesse permanecido mais algum tempo eu teria que me segurar para não soca-lo, eu estava de péssimo humor, tinha muitas contas a pagar, poucos clientes e quase nenhuma perspectiva de melhora.
Todos os dias, ligava a televisão para acompanhar as notícias, esperava que, a qualquer momento, fosse anunciada a tragédia que meus sonhos me mostravam, eu não sabia o que seria, pois, não era possível entender ao certo o que acontecia, eu via pessoas muito machucadas, elas choravam sangue, muitos gritos, as cenas não pareciam fazer sentido, mas era como se fossem acontecimentos reais. Passando pelos canais, vi uma notícia sobre um hospital interditado, a previsão do tempo, notícias de esportes, um caso estranho de um policial que matou um homem que o mordeu, enfim, nada do que eu esperava, e isso não era uma decepção, seria bom estar errada desta vez, era angustiante esperar coisas ruins sem poder fazer algo a respeito.
Distrai-me com os afazeres, até que começaram os gritos, a princípio, me pareceu coisa de arruaceiros, mas, o barulho aumentou com sons de sirene e buzinas, não tive tempo de ir até a porta para verificar, pois, no caminho fui surpreendida por uma mulher ensanguentada que andava com dificuldade, olhando para trás, parecia desesperada. Logo atrás dela, dois homens, de aspecto ainda mais pavoroso se aproximaram da porta, assustada, eu pulei para trás do balcão, aqueles estranhos alcançaram a mulher e a derrubaram, não parecia que eu estava no mundo real, eles a mordiam, tirando pedaços enquanto ela suplicava pela ajuda de um Deus que parecia não estar ali.
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